SOLENIDADE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS
Num 6,22-27; Sl 66 (67); Gal 4,4-7; Ev Lc 2,16-21
Neste dia, a
liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se,
em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos
homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
As leituras
que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas
evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações.
Na primeira
leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada
e recorda-se que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.
Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“papá”).
Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“papá”).
O Evangelho
mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que se tornou realidade
plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que
não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os
marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a
testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.
Maria, a
mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é
sensível aos Project os de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que
aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na
concretização do projeto divino de salvação para o mundo.
1ª Leitura – Num 6,22-27
• Em primeiro
lugar, somos convidados a tomar consciência da generosidade do nosso Deus, que
nunca nos abandona, mas que continua a sua tarefa criadora derramando sobre
nós, continuamente, a vida em plenitude.
• É de Deus
que tudo recebemos: vida, saúde, força, amor e àquelas mil e uma pequeninas
coisas que enchem a nossa vida e que nos dão instantes plenos. Tendo
consciência dessa presença contínua de Deus ao nosso lado, do seu amor e do seu
cuidado, somos gratos por isso? No nosso diálogo com Ele, sentimos a
necessidade de O louvar e de Lhe agradecer por tudo o que Ele nos oferece?
Agradecemos todos os dons que Ele derramou sobre nós no ano que acaba de
terminar?
• É preciso ter consciência de que a “bênção” de Deus não
cai do céu como uma chuva mágica que nos molha, quer queiramos, quer não (magia
e Deus não combinam); mas a vida de Deus, derramada sobre nós continuamente,
tem de ser acolhida com amor e gratidão e, depois, transformada em gestos
concretos de amor e de paz. É preciso que o nosso coração diga “sim”, para que
a vida de Deus nos atinja e nos transforme.
Salmo 66 (67)
Refrão: Deus Se compadeça de nós e nos dê a
sua bênção.
2ª Leitura – Gal 4,4-7
• A
experiência cristã é fundamentalmente uma experiência de encontro com um Deus
que é “abbá” – isto é, que é um “papá” muito próximo, com quem nos
identificamos, a quem amamos, a quem nos entregamos e em quem confiamos
plenamente. É esta proximidade libertadora e confiante que temos com o nosso
Deus?
• A nossa
experiência cristã leva-nos a sentirmo-nos “filhos” amados, ou ao cumprimento
de regras e de obrigações? Na Igreja não se põe, às vezes, a ênfase em cumprir
leis e ritos externos, esquecendo o essencial – a experiência de “filhos”
livres e amados de Deus?
• A importante
constatação de que somos “filhos” de Deus leva-nos a uma descoberta
fundamental: estamos unidos a todos os outros homens – “filhos” de Deus como
nós – por laços fraternos. É a mesma vida de Deus que circula em todos nós… O
que é que esta constatação implica, em termos concretos? A que é que ela nos
obriga? Faz algum sentido marginalizar alguém por causa da sua raça ou estatuto
social? Aquilo que acontece aos outros – de bom e de mau – não nos diz
respeito?
ALELUIA – Heb 1,1-2
Aleluia. Aleluia.
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus
antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por seu Filho.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por seu Filho.
EVANGELHO – Lc 2,16-21
• No Evangelho que nos é, hoje,
proposto, fica claro o fio condutor da história da salvação: Deus ama-nos, quer
a nossa plena felicidade e, por isso, tem um projeto de salvação para levar-nos
a superar a nossa fragilidade e debilidade; e esse projeto foi-nos apresentado
na pessoa, nas palavras e nos gestos de Jesus. Temos consciência de que a
verdadeira libertação está na proposta que Deus nos apresentou em Jesus e não
nas ideologias, ou no poder do dinheiro, ou na posição que ocupamos na escala
social? Porque é que tantos dos nossos irmãos vivem afogados no desespero e na
frustração? Porque é que tanta gente procura “salvar-se” em programas de
televisão que lhes dê uns minutos de fama, ou num consumismo alienante? Não
será porque não fomos capazes de lhes apresentar a proposta libertadora de
Jesus?
• Diante da “boa nova” da libertação,
reagimos – como os pastores – com o louvor e a ação de graças? Sabemos ser
gratos ao nosso Deus pelo seu amor e pelo seu empenho em nos libertar da
escravidão?
• Os pastores, após terem tomado
contacto com o projeto libertador de Deus, fizeram-se “testemunhas” desse
projeto. Sentimos também o imperativo do testemunho? Temos consciência de que a
experiência da libertação é para ser passada aos nossos irmãos que ainda a
desconhecem?
• Maria “conservava todas estas
palavras e meditava-as no seu coração”. Quer dizer: ela era capaz de perceber
os sinais do Deus libertador no acontecer da vida. Temos, como ela, a
sensibilidade de estar atentos à vida e de perceber a presença – discreta, mas
significativa, atuante e transformadora – de Deus, nos acontecimentos mais ou
menos banais do nosso dia a dia?
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