segunda-feira, 24 de novembro de 2014

DEUS VEM COMO REDENTOR



1º DOMINGO DO ADVENTO – ANO B

Is 63,16b-17.19b; 64,2b-7; SI 79; I Cor 1,3-9; Mc 13,33-37
O EVANGELHO SE ENCARNA
A cada Advento, inicia-se sempre um novo ciclo para o(a) cristão(ã). Em um movimento constante de conversão e de adesão a Cristo, de forma progressiva, perfazemos o caminho da salvação. Nos passos e atitudes de Jesus, o ano litúrgico ajuda o(a) cristão(ã), através da liturgia, a viver em seu presente o mistérió de sua própria redenção e o de toda a humanidade. Da expectativa e acolhida a Jesus que nos chega no natal, processualmente somos chamados a participar da nova humanidade em Cristo (Natal) e, nele, receber a vida eterna (Páscoa).
Deus respeita nossa liberdade
(Is 63,16b-17.19b; 64,2b-7; SI 79;)
Deus é o princípio da vida e da dignidade de Israel (Pai). Sua ação redentora supera o pecado do povo e o conduz à liberdade. A partir desse pressuposto, o profeta Isaías conclui que a distância de Deus endurece o coração do povo e o faz rejeitar a aliança. Embora o poema afirme que Deus que se distancia, a ideia do autor sagrado é fazer um convite para o povo voltar à fidelidade. Sentir a necessidade de Deus e ir ao seu encontro.
De forma pedagógica, o profeta reafirma a iniciativa de Deus de vir ao encontro do povo, dando relevância à proximidade dele da vida de cada pessoa. A presença de Deus torna-se assim a garantia da justiça, Ele traz a salvação que o povo espera.
Ao falar que Deus deixa o povo à sua consciência, no sentido das escolhas que ele faz, Isaías esclarece que a maldade é fruto das ações. humanas que distanciam e separam a humanidade de Deus, levando muitos à morte. O poema profético termina com a afirmação da confiança em Deus, comparado à imagem do oleiro. Ele é o pai, fonte de vida, que age no coração humano que se abre a seu amor, moldando-o segundo a bondade e a justiça, portas de um mundo novo.
As diferentes Igrejas, por reforçar a doutrina do pecado, acabam oferecendo uma visão catastrófica do dia do Senhor, como um tempo de um juízo terrível. No entanto, os escritos bíblicos de caráter apocalíptico têm por finalidade provocar esperança e confiança no coração dos fiéis. Não se conquista a conversão pelo medo, mas pelo amor que gera confiança e faz a pessoa abandonar o mal e seguir o caminho, do bem O nascimento e a ressurreição de Jesus são polos que indicam a grandeza e verdade do. dia do Senhor. A primeira vinda de Jesus mostra que Deus vem ao encontro da humanidade e oferecelhe os meios necessários para a vida. Cristo é a graça encarnada e mediador único entre Deus e a humanidade. Ao mesmo tempo, optar por Jesus, assumindo a experiência da cruz como purificação, torna-se o elemento decisivo no processo de redenção da humanidade.
(Mc 13,33-37)
O evangelho de Marcos é a apresentação de Jesus como a boa-notícia de Deus (1,1) para a humanidade De forma sintetica, fala da necessidade de vigilância. Ao afirmar que o tempo de Deus é surpreendente, Marcos quer expressar que o ser humano com sua ciência não pode controlar Deus Ele e incontrolavel, porque e liberdade absoluta, que gera vida
O tempo de Deus, dessa forma, e o tempo presente Cristo, vindo em nossa carne, ensina-nos que devemos vivê-lo segundo a vocação de cada um. Ou seja, o tempo presente é o momento em que, vivendo nossa vocação, devemos com nossa vida realizar os designios de Deus Por isso, vigiar não significa viver uma experiência de insegurança, medo, coação Significa agir segundo a consciência da fe e o compromisso com a missão Nossa expectativa torna-se assim uma espera ativa, na qual acolhemos a vinda de Jesus como presença da graça divina que resgata nossa condição de filhos(as) de Deus
Chamados à esperança
I Cor 1,3-9;
O tempo do advento como memorial da primeira vinda de Cristo nos prepara para sua segunda vinda, tempo da salvação definitiva (ressurreição). Enquanto peregrinamos na história, Cristo nos oferece a direção. Por ele recebemos a graça de Deus que nos enriquece pela Palavra e conhecimento, que nos ajudam no testemunho de nossa fé.
Entregando-nos seu Filho unico, Deus não nos deixa faltar os dons necessarios a nossa salvação Enquanto vivemos a expectativa do Reino Definitivo de Cristo, e o proprio Deus que nos da perseverança ate o fim No misterio do natal em que celebramos a encarnação do Verbo, chegamos a revelação definitiva do misterio divino da salvação e compreendemos que pelo nascimento e ressurreição de nosso Salvador, somos chamados a plena comunhão com Ele E a essa esperança que somos chamados a cada início de ano litúrgico.

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