SOLENE ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ
ABERTURA DA CAMPANHA NACIONAL PARA A EVANGELIZAÇÃO
DIA DO LEIGO
A celebração de hoje marca o
ponto de chegada do nosso ano litúrgico. Celebramos, neste período, os
mistérios da vida de Jesus Cristo, desde seu nascimento até sua morte e
ressurreição, sua ascensão, Pentecostes, a memória da Virgem Maria e dos
Santos, conduzidos, neste ano, pelo evangelista Lucas. No último domingo do ano
litúrgico celebramos a Festa de Cristo Rei, significando que na caminhada de
mais um ano de fé, queremos coroá-lo como nosso Rei. Por isso, a liturgia nos
convida a contemplar a realeza e a divindade de Cristo: é o Rei da paz, do
amor, da justiça, da santidade. Neste domingo, concluímos o Ano da Fé,
instituído pelo Papa Emérito Bento XVI, em 11 de outubro de 2012, quando
celebramos os 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II. A Igreja no Brasil
comemora hoje o dia dos leigos, os missionários do Reino de Deus nas diferentes
áreas e atividades que tecem a vida humana, religiosa e social. Louvamos a Deus
por tantas mulheres e homens que vivem profundamente sua vocação batismal,
colocando-se inteiramente a serviço da Boa Nova, anunciada, vivida e celebrada.
SOLENIDADE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO SENHOR DA PAZ E DA
UNIDADE
Cristo é chamado a dirigir o povo de Deus, a ser condutor; sua realeza é
de origem divina e tem primado sobre tudo porque nele o Pai pôs a plenitude de
todas as coisas. No entanto, o evangelho de Lucas apresenta a realeza de Jesus
narrando a paródia de sua investidura como Rei dos Judeus na cruz, que lembra a
outra paródia que se deu no pretório de Pilatos e narrada pelos outros evangelistas.
A investidura real de Jesus se desenrola em torno da cruz, trono improvisado do
novo Messias. Para tornar mais evidente essa aproximação, Lucas recorda a
inscrição que encabeça a cruz, mas sem dizer que se trata de um motivo de
condenação. Assim, a inscrição tem lugar da palavra de investidura, como o Pai
que investe seu Filho no batismo. Além disso , Lucas introduz aqui um episódio
que se refere a outro lugar e lhe acrescenta uma frase com qual a multidão
espera que Jesus se manifeste como rei; mas ele não quer que sua realeza lhe
advenha da fuga á sua sorte, e sim de sua fidelidade a ela!
CRISTO, REI DA
RECONCILIAÇÃO
Como em todas as coisas importantes da lei
mosaica, é necessário que a entronização seja reconhecida por duas testemunhas.
Mas, enquanto as testemunhas da investidura real da transfiguração são dois
entre as principais personagens do Antigo Testamento e as testemunhas da
ressurreição são também misteriosas, as duas testemunhas da entronização de
Gólgota são apenas dois vulgares bandidos. Investidura ridícula daquele que só
será rei assumido até o fim o escárnio!
Lucas
coloca a seguir deste trecho o episódio dos dois ladrões, como que a indicar
que, para Cristo, o modo de exercer sua realeza sobre todos os homens,
inclusive sobre os inimigos, é oferecendo-lhes o perdão. Lucas é muito sensível
a está ideia em toda a narrativa da paixão, mas aqui ele chega ao máximo. Com
esse perdão, Cristo se a apresenta como o novo Adão, aquele que pode ajudar a
humanidade a reintegrar o paraíso perdido pelo primeiro homem. É preciso ainda
que essa humanidade nova aceite o perdão de Deus e não se volte orgulhosamente
sobre si mesma. Cristo em que poderá chega ao momento de sua vida, em que
poderá inaugurar uma nova humanidade, libertada das alienações do pecado;
oferece ao bom ladrão participar dela, porque a sua vontade de perdoar é sem
limites. O reino de Cristo se manifesta sobre os convertidos.
CRISTO, REI DO
PERDÃO
Os termos Rei e Messias ressoam em torno da
cruz em frases zombeteiras e assegura ao malfeitor arrependido a entrada no
reino do Pai. Também diante dos adversários mais encarniçados, Jesus dirá
palavras de perdão: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Jesus
exerce pois, e manifesta sua realeza não nas afirmações de um poder despótico,
mas no serviço de um perdão que busca a reconciliação.
Ele
é o primogênito de toda criatura, e como todas as coisas foram criadas nele,
“foi do agrado de Deus reconciliar consigo todas as coisas, por meio dele,
estabelecendo a paz no sangue da sua cruz”. Cristo é rei porque, perdoando e
morrendo para remissão dos pecados, cria uma nova unidade entre homens.
Quebrando a corrente do ódio, oferece a possibilidade de um novo futuro.
UM REI QUE VEIO
PARA SERVIR
Reconhecendo que Jesus é rei, cremos que com
ele Deus manifestou plenamente que a realização do homem só se pode dar pela
obediência á sua vontade. Não há ação do homem que não seja sob o juízo de
Deus. Não pode haver lugar na história sem relação com Deus por meio de Jesus.
A doutrina do senhorio de Cristo nos ensina ainda que a vida a que somos
chamados é a mesma que viveu Jesus Cristo; vida de serviço aos irmãos.
Vivendo-a, confessamos seu senhorio e nos tornamos, como ele, homens de paz e
de reconciliação.
Na Igreja de Cristo, como em toda comunidade, o ministério da autoridade
é dado não para afirmação pessoal, mas a
função da unidade e caridade. Cristo, bom pastor, veio não para ser servido,
mas para servir e dar a vida pelas ovelhas. Essas afirmações ajudam a evitar as
ambiguidades inerentes ao conceito de realeza quando não compreendido no
sentido da realeza de Cristo.
SOLENE ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ
ABERTURA DA CAMPANHA NACIONAL PARA A EVANGELIZAÇÃO
DIA DO LEIGO
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