quarta-feira, 2 de outubro de 2013

CAMINHAR, EDIFICAR E PROFESSAR A FÉ FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA

FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA

O Princípio de toda vocação (chamado) é este mistério:
A decisão em assumir uma vocação na Igreja é nossa! Porém, o primeiro ato, o desejo de servir não é nosso, mas é chamado divino!

Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi, e vos nomeei, para que possais ir para dar frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (João 15,16)

E por isso, para que o servo – o ministro – aquele que serve em qualquer serviço na Igreja, a condição é jamais esquecer que, quando dá os primeiros passos, segue o “Caminho” – Jesus Cristo – o Filho de Deus, que vem ao mundo para cumprir a promessa que Deus fez à humanidade!
Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho (2Tm 2,8)

E Deus chama pessoas que estão dentro ou fora da Igreja. O publicano não pertencia ao povo judeu. Mas foi chamado! O importante, tanto para os que estão dentro ou fora da Igreja, é a disposição para pedir a purificação divina. Dizer: Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador!

O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! (Lucas 18,13)

Ao ser purificado – pelo batismo, ou sacramento da penitência – passamos a fazer parte do povo que aclama Deus como o Todo Poderoso, que Reina sobre toda a história humana!

E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. (Apocalipse 19,6)

E seguimos pelo caminho construindo a fraternidade e levando a vida em abundância para todos!

Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (João 10,10)

E não estamos sozinhos neste caminho. Jesus, Aquele que nos chama, apesar das nossas fraquezas e defeitos, sempre ora por nós e nos alimenta com o seu amor!

E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. (Jo 17,20-21)

Assim construímos a Igreja comunhão, povo de Deus, que se alimenta da comunhão.
Mas só podemos construir verdadeiramente a Igreja viva, se tivermos certeza da fé que professamos.

E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo. (Marcos 8,29)

E então cada um de nós se torna a pedra viva nesta construção. Humildemente nos colocamos nas mãos de Deus para que ele nos use como queira. Mesmo sabendo da nossa pequenez, temos que ter a certeza de que é Deus quem nos capacita. Esta é a base da espiritualidade de Maria, a Mãe de Jesus:
Porque para Deus nada é impossível. Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (Lucas 1,38)

Ao dizer “SIM” ao chamado e, humildemente nos colocarmos nas mãos de Deus, nos tornamos pedra vivas na edificação da Igreja, corpo vivo de Deus, cuja cabeça é Cristo, o Senhor!

Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais a Deus por Jesus Cristo (1 Pedro 2,5)

Vivendo assim, poderemos atingir a meta que São Paulo nos coloca: atingirmos a profundidade, a largura de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mestre. Então já não seremos mais como crianças levadas por qualquer atrativo enganoso, mas seremos adultos na fé e verdadeiros servidores do Reino de Deus.


A meta é “que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Efésios 4, 13-16).

Pe. Tarcisio Spirandio

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