FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA
O Princípio de toda vocação (chamado)
é este mistério:
A decisão em assumir uma vocação na
Igreja é nossa! Porém, o primeiro ato, o desejo de servir não é nosso, mas é
chamado divino!
Não fostes vós que me escolhestes,
mas eu vos escolhi, e vos nomeei, para que possais ir para dar frutos, e o
vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele
vo-lo conceda. (João 15,16)
E por isso, para que o servo – o
ministro – aquele que serve em qualquer serviço na Igreja, a condição é jamais
esquecer que, quando dá os primeiros passos, segue o “Caminho” – Jesus Cristo –
o Filho de Deus, que vem ao mundo para cumprir a promessa que Deus fez à
humanidade!
Lembra-te de que Jesus Cristo, que é
da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho
(2Tm 2,8)
E Deus chama pessoas que estão dentro
ou fora da Igreja. O publicano não pertencia ao povo judeu. Mas foi chamado! O
importante, tanto para os que estão dentro ou fora da Igreja, é a disposição
para pedir a purificação divina. Dizer: Ó Deus, tem misericórdia de mim, que
sou pecador!
O publicano, porém, estando em pé, de
longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:
Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! (Lucas 18,13)
Ao ser purificado – pelo batismo, ou
sacramento da penitência – passamos a fazer parte do povo que aclama Deus como
o Todo Poderoso, que Reina sobre toda a história humana!
E ouvi como que a voz de uma grande
multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes
trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina.
(Apocalipse 19,6)
E seguimos pelo caminho construindo a
fraternidade e levando a vida em abundância para todos!
Eu vim para que tenham vida, e a
tenham com abundância. (João 10,10)
E não estamos sozinhos neste caminho.
Jesus, Aquele que nos chama, apesar das nossas fraquezas e defeitos, sempre ora
por nós e nos alimenta com o seu amor!
E não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos
sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em
nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. (Jo 17,20-21)
Assim construímos a Igreja comunhão,
povo de Deus, que se alimenta da comunhão.
Mas só podemos construir
verdadeiramente a Igreja viva, se tivermos certeza da fé que professamos.
E ele lhes disse: Mas vós, quem
dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo. (Marcos
8,29)
E então cada um de nós se torna a
pedra viva nesta construção. Humildemente nos colocamos nas mãos de Deus para
que ele nos use como queira. Mesmo sabendo da nossa pequenez, temos que ter a
certeza de que é Deus quem nos capacita. Esta é a base da espiritualidade de
Maria, a Mãe de Jesus:
Porque para Deus nada é impossível.
Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela. (Lucas 1,38)
Ao dizer “SIM” ao chamado e,
humildemente nos colocarmos nas mãos de Deus, nos tornamos pedra vivas na
edificação da Igreja, corpo vivo de Deus, cuja cabeça é Cristo, o Senhor!
Vós também, como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios
espirituais a Deus por Jesus Cristo (1 Pedro 2,5)
Vivendo assim, poderemos atingir a
meta que São Paulo nos coloca: atingirmos a profundidade, a largura de Jesus
Cristo, nosso Salvador e Mestre. Então já não seremos mais como crianças
levadas por qualquer atrativo enganoso, mas seremos adultos na fé e verdadeiros
servidores do Reino de Deus.
A meta é “que todos cheguemos à
unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida
da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes,
levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com
astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos
em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Do qual todo o corpo, bem ajustado, e
ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte,
faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Efésios 4, 13-16).
Pe. Tarcisio Spirandio
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